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Psycho: "A maior lição foi a experiência que tivemos jogando uma partida com tanta pressão assim"

Em antecipação ao Six Invitational 2021, agora confirmado entre os dias 11 e 23 de Maio em Paris, o SigeGG conversou com o capitão da Ninjas in Pyjamas Psycho.

Enquanto a Grande Final do Six Invitational de 2018 vai continuar como a melhor partida de Rainbow Six: Siege por muito tempo ainda, poucos podem discordar que a Grande Final de 2020 chegou muito perto.

A Ninjas in Pyjamas (NiP) chegou para a partida com altas expectativas. Apesar de ser apenas a segunda final disputada pelo time, depois da Final da Season 6 da Pro League ainda como Black Dragons, os Brasileiros pareciam ser os favoritos.

O então coach da TSM Colby "Bagel" Smith disse na época que "a fera que [eles] criaram", depois de vencer os brasileiros na Chave de cima, iria correr através de toda a competição da TSM na chave de baixo, deixando o seu time para "apenas" vencer a NiP novamente para levar o título para a casa.

Ironicamente, a "fera" iria voltar para caçar a mesma TSM, com eles perdendo para os brasileiros após caírem para a chave de baixo.

Na Grande Final, a NiP pareceu estar com o controle de tudo. Apesar de já estarem com um mapa de desvantagem devido à vantagem da Spacestation Gaming por chegar pela Chave de cima, eles dominaram seus oponentes por placares de 7-2 e 7-3 nos dois primeiros mapas. Pouco tempo depois, eles lideravam por 5-3 e tinham o defuser plantado no terceiro e no que parecia ser o último mapa.

E então, Javier "Thinkingnade" DeAndre Escamilla atacou. João "Kamikaze" Gomes não conseguiu segurar e os brasileiros não apenas perderam a chance de garantir o match point, mas também a vitória. E talvez, no fundo, eles sabiam.

Depois com a Spacestation comemorando, os jogadores da NiP afundaram em suas cadeiras desanimados.

Para ser justo, eles continuaram jogando incrivelmente bem para um time que sem dúvidas seria assombrado pelo fantasma de Montral por um tempo ainda.

Segundo lugar seria a posição que os Ninjas terminariam a Season 11 da Pro League e eles até que então iriam vencer o Six Major de Agosto 2020 antes de terminarem em segundo lugar geral na primeira fase do BR6 2020.

Apesar de eles apenas conquistarem um terceiro lugar conjunto nas Finais do BR6 2020, depois de um terceiro lugar no Six Major de Novembro, a sua performance geral de 2020 ainda foi de alto nível.

Em contraste, 2021 foi bem amis difícil para o time. Que apenas conseguiram um quinto lugar no primeiro turno do BR6 e apenas quarto na Copa Elite Six.

Apesar de ter sido difícil, os Ninjas nunca se entregam. Eles tem mirado a Marreta bem antes de 2020 e a derrota do ano passado apenas intensificou a sua vontade de levantá-la. Assim, para entender melhor qual será sua abordagem, o SiegeGG conversou com o capitão do time Gustavo "Psycho" Rigal.

Ano passado, o time de vocês ficou a apenas dois rounds de distância de se coroarem Campeões Mundiais quando aquele clutch na Clubhouse mudou tudo. Como a dinâmica do time mudou no momento que o Kamikaze perdeu aquele clutch e o quão horrível foi perder dessa maneira? Qual foi a maior lição tirada daquela derrota?

Acredito que nessa derrota o psicológico acabou nos afetando durante a partida, após aquela derrota mudamos em algumas coisas a forma de como nos preparamos para os jogos, ainda mais para md5.

A maior lição foi a experiência que tivemos jogando uma partida com tanta pressão assim, cada jogador aprendeu a lidar com ela de uma forma diferente e com certeza estamos melhor preparados agora.

Com isso em mente, eu preciso mesmo perguntar quem são os seus principais adversários?

A G2 e BDS são times que sempre são interessantes de jogar contra, mas acredito que toda a equipe quer fazer uma boa partida contra a SSG, ou até mesmo com a Liquid que é um time que respeitamos muito e sempre temos bons jogos.

Apesar deles serem seus adversários, o quão incrível é para você que o Brasil é o país com o maior número de times competindo no evento (seis times)?

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Para mim é algo interessante porque tenho vários amigos que jogam em outros times e fico feliz por eles, não é sempre que a nossa região tem tanta oportunidade de jogar um campeonato desse nível.

O quanto foi estressante para vocês quando foram informados que vocês (e todos os outros times brasileiros) poderiam não participar do Invitational? Como o time reagiu?

Em nenhum momento foi dada certeza que a gente não iria jogar o Invitational, no fundo a gente sempre teve esperança que tudo ia dar certo.

Agora que vocês já chegaram em Paris, sãos e salvos, nós gostaríamos de saber como essa jornada transcorreu. Como o seu time foi auxiliado a chegar em Paris? Quais foram as precauções de segurança aplicadas e como a Ubisoft está auxiliando com os treinos no hotel enquanto estão de quarentena e como els vão auxiliar no evento em si?

Durante todo o processo fizemos vários testes de covid e sempre seguimos as regras de higiene e distanciamento social, por enquanto estamos treinando do hotel cada um em seu quarto separado.

Desde que o Ar7hur saiu, o seu time ficou sem ninguém como coach até muito recentemente. Por que vocês ficaram tanto tempo sem coach e o que mudou com a entrada do Mity?

O nosso time sempre conseguiu se virar bem sem coach, e no momento não conhecíamos ninguém no cenário brasileiro que se encaixava no perfil que procurávamos.

O Mity veio para ser uma 6 mente dentro do time, antes dele entrar já vimos de bons resultados, então o que ele faz com a gente é apenas agregar o máximo que consegue em todos os sentidos.

A temporada 2021 de vocês não correspondeu com as expectativas até aqui, com um quinto lugar no BR6 e um quarto na Copa Elite Six, você concorda? O que exatamente não funcionou com um time que está junto sem mudanças há mais de um ano e meio?

Durante a temporada acabamos tentando mudar de estilo de jogo, acabamos perdendo alguns mindsets que fizeram a gente chegar ao topo na nossa região, tivemos que passar por um processo de desconstrução para entender o que fez a gente alcançar o nível que chegamos no Invitational, e todo esse processo fez a gente perder alguns jogos importantes.

Qual é o objetivo de vocês no Invitational e o quão confiantes vocês estão que vocês irão atingi-lo?

Nosso objetivo é ganhar o Invitational.

O quão confiantes vocês estão que irão trazer a Marreta para a casa dessa vez?

Durante todos os bootcamps nosso time sempre consegue aprender e ajustar muitas coisas e isso faz a gente chegar com muita confiança pro campeonato.

Alguma coisa que vocês queiram dizer para os seus torcedores e talvez para os seus adversários?

Gostaria de agradecer a torcida de todos nossos torcedores que sempre apoiam a gente em todas as circunstâncias.

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Veja a Ninjas in Pyjamas em ação no dia 12 de Maio às 12:00 horário de Brasília (UTC-3), quando eles enfrentam a MKERS direto de Paris.

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