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“Os times brasileiros chegam fortes nesse torneio”: Maia sobre a pressão sobre os novatos e adaptação à elite do Brasil

Do méxico, a Team oNe tenta levantar o seu segundo troféu de Major dentro de um ano.

Imagem via Team oNe

Nomes novos dominaram o primeiro turno dessa temporada no Brasil, e um dos nomes mais importantes foi o da Team oNe.

Ano passado nós vimos o começo de uma mudança de gerações no Brasil. Elencos como o da FURIA Esports ou da Team oNe se consagraram com alguns dos elencos mais jovens não apenas no país mas no cenário inteiro do Siege, se tornando pioneiros em dar chance à juventude. Mais precisamente, o elenco da Team oNe venceu uma competição internacional, o Major do México. Participando em quatro competições internacionais no ano, ambos os times se tornaram exemplos da nova geração no país.

No entanto, independente do que acontece no servidor, existe uma batalha que nem mesmo a mais poderosa organização brasileira consegue vencer: a batalha econômica contra marcas européias e norte-americanas, de quem o Euro e o Dólar valem cinco vezes mais que o Real, já é uma batalha perdida.

Para aqueles familiares com o futebol, é muito similar com o que aconteceu com o time do Ajax após a sua incrível campanha na Champions League na temporada de 2018-19 – acabou a temporada, acabou o time. Todos os grandes clubes foram atrás dos jogadores do Ajax, de quem as multas rescisórias eram insignificantes comparadas com o que os outros clubes podiam ofertar.

A Team oNe viu o seu elenco de 2021 ruir após uma oferta irrecusável da G2 Esports para Karl “Alem4o” Zarth seguido de um interesse da organização Norueguesa da 00 Nation de contratar todos os jogadores restantes no time com exceção de Lorenzo “Lagonis” Volpi.

Ninguém tem um dedo melhor para contratações no Siege do que Lagonis. E assim como o Ajax, a Team oNe ressurgiu das cinzas. Lagonis teve que começar um novo elenco do zero, uma tarefa que talvez seja mais fácil no Brasil – uma região repleta de talentos jovens sedentos por chances na elite.

“Ele é um jogador e uma pessoa incrível, ele entende muito do jogo. Eu acho que muitas pessoas às vezes não gostam dele porque ele não tem habilidades mecânicas acima da média, mas ele nos ajudou de algumas maneiras que ninguém de fora do time consegue imaginar,” descreveu Gabriel “Maia” Maia.

Enquanto a w7m esports roubou a cena no Brasil, a Team oNe foi o elenco com o maior número de jogadores vindos da Série B, fazendo do elenco dourado o mais inexperiente da elite. Isso não foi um problema para a oNe, com o elenco já garantindo uma vaga na Copa Elite Six já no Dia 7. “Ele [Lagonis] é quem nos fez classificar para esse Major, se não fosse por ele nós nem iríamos nos classificar.”

No entanto, não é só sobre o IGL da equipe, mas também sobre como os jovens se adaptaram ao Brasileirão. De acordo com Maia, a Challenger League do Brasil não é tão diferente da primeira divisão, já que os elencos da Série B sempre se inspiram nos grandes elencos no país, tentando imitar as suas táticas. “A única mudança para mim foram os treinos, eles são mais longos, mas é só isso, jogar não é tão difícil porquê você se prepara muito melhor.”

Apesar do trio novato do time com Maia, João “Dotz” Miranda, e Leonardo “Dash” Lopes serem novos para o público internacional, todos eles tiveram experiências importantes ao longo dos dois últimos anos. Além disso, Dotz e Dash já provaram o seu valor ao se tornarem Campeões da Copa do Brasil no ano passado. Era uma questão de tempo até que alguém fosse dar uma chance a eles.

Sobre o Maia, a sua adaptação à liga é evidente. Ele foi o player com o quarto melhor rating na competição, teve o quinto melhor K/D, e o terceiro maior número de eliminações. Ele têm feito o seu trabalho com perfeição.

Mesmo assim, a reta final dessa primeira etapa para a Team oNe poderia ter sido melhor, com o time perdendo as duas últimas partidas no BR6 e vencendo apenas a Pampas e a Furious Gaming na Copa Elite Six. Alguns pensaram que o time não fez muita força após ter, primeiramente, a vaga na Copa Elite Six garantida, e segundo, a classificação para o Major de Charlotte garantido.

A reação de Maia indica ao contrário. “Nós tentamos vencer as duas últimas partidas do Brasileirão e a Elite Six. No BR6, [a nossa] derrota para a w7m é compreensível, mas contra a Black Dragons eu acho que nós jogamos muito mal, eu não sei explicar o que aconteceu.”

A respeito da participação do time na Copa Elite Six, Maia mencionou jogar contra um “FURIA Esports diferente” se comparado com a partida no BR6. “Eles não tinham pressão para se classificar, eles já estavam garantidos, foi muito difícil para nós jogar contra o estilo de jogo deles.”

“Jogadores novos como eu e alguns outros podem sentir a pressão de jogar no primeiro evento internacional, eu acredito que talvez seja o motivo que eles não têm uma boa performance. Mas eu acredito que a pressão é apenas nas primeiras partidas, depois disso, nós conseguimos performar bem,” elaborou Maia.

É muito difícil, quase impossível, adivinhar como será a performance da Team oNe – especialmente considerando que eles jogarão do México. Os meninos de ouro é um dos três times brasileiros que não irão para Charlotte devido a problemas para tirar o visto. “Os times brasileiros chegam fortes nesse torneio, eu acredito que a Team Liquid seja o time mais forte nesse torneio, mas nós vamos nos manter otimistas, nós vencemos eles uma vez, é possível fazer isso de novo. Estamos confiantes. ”

Eu prefiro olhar por outra perspectiva – a Team oNe está de volta à terra prometida. Temos que lembrar o que aconteceu na última vez que o time jogou em território Azteca?

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