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“Nós estamos preparados, nós vamos fazer tudo o que for necessário”: Paluh sobre as expectativas, a adaptação da Liquid durante o turno.

A Team Liquid venceu a Copa Elite Six após perder apenas um mapa.

Imagem do banner: Ubisoft / @itsmeERROR

A Team Liquid se sobressai, por motivos óbvios, no meio de uma enorme quantidade de times estreantes e novas faces que estarão em Charlotte.

Nos últimos meses, a Team Liquid passou por uma jornada de adaptação. Após não participar do Major da Suécia, o time venceu o Brasileirão e terminou entre os seis melhores times no Six Invitational 2022.

Com ótimos resultados ajudando no seu progresso, alguns argumentos como “adaptação” ou “achar o estilo de Siege próprio do time” não funcionam mais. Os fãs poderiam aceitar isso na reta final da última temporada, mas não em um torneio repleto de elencos inexperientes e novatos. A Liquid, como sempre, é uma das favoritas – dessa vez, mais do que nunca.

No entanto, até onde vai o favoritismo da Team Liquid? Um favorito é alguém que tem mais chances de vencer, mas o último troféu internacional da Liquid foi em Dezembro de 2019. Olhando para as últimas duas participações internacionais do time, o roteiro é sempre o mesmo. Começa com um grande domínio na fase de grupos, que inexplicavelmente some em algum momento dos playoffs. Desde o Six Invitational 2021, essa têm sido a dinâmica da Liquid. 

“No nosso elenco anterior, nos faltava muita adaptação, nós tínhamos boas estratégias e nós conseguimos counterar algumas vezes, mas dependendo do estilo do nosso oponente, era muito difícil. [Sobre o SI 2022] um ponto pode ser que era o primeiro grande evento do resetz e do AsK e também a primeira vez jogando em um palco,” explicou Luccas “Paluh” Molina.

“No momento, nós estamos trabalhando nas duas coisas, para que possamos ser mais imprevisíveis também,” ele elabora.

A Team Liquid pode ter a pessoa perfeita para trabalhar nessa imprevisibilidade, Vitor “hugzord” Hugo, que se juntou ao time como coach após a saída de Adenauer “Silence” Alvarenga. De acordo com Paluh, hugzord mostrou para o time “outro ponto de vista do jogo” trazendo soluções para problemas que ele já tinha enfrentado em situações passadas.

“Alguém que já jogou o jogo, já esteve no servidor e tem a visão do jogador é completamente diferente para mim, ele está passando o seu conhecimento. É algo muito diferente para alguém que nunca jogou. É claro, que você pode fazer um grande trabalho, como o mcunha, o nosso analista, mas eu acho que alguns pontos podem ser diferentes,” ele explicou.

No papel, a Team Liquid é talvez um dos melhores times no Rainbow Six. Liderados pelo Paluh, eleito o melhor jogador dos Anos 5 e 6, a Liquid é um time que tem um equilíbrio entre experiência e juventude. Essa harmonia levou o time a se adaptar bem ao meta em constante movimento do Siege, o que é chave para manter a consistência do time.

“Houve um tempo em que fazer a mesma coisa o tempo todo funcionava. Agora, você não pode fazer isso. Você tem que estar sempre se adaptando no meio do jogo.”

“É difícil colocar em Palavras, você tem que trabalhar no seu mental com o seu psicólogo. Ele nos ajuda bastante, até mesmo com comunicação, dentro e fora do jogo. É importante trabalhar o básico, se sua comunicação funciona, mesmo se você enfrentar um cenário que não está acostumado, usando a sua comunicação e fazendo os ajustes necessários, você consegue resolver as coisas,” ele diz.

Talvez o primeiro turno da Team Liquid tenha passado despercebido por conta das inúmeras surpresas do Brasileirão, tanto no topo quanto na parte de baixo da tabela. A Team oNe e a w7m esports foram, contra todas as possibilidades, os dois primeiros times a garantir as vagas para o Major de Charlotte.

Justamente contra esses dois times foram de onde saíram as duas derrotas da Team Liquid. “Nós tivemos problemas na comunicação, nós resolvemos isso antes da Copa [Elite Six]. Nós tivemos que resolver algumas coisas, especialmente sobre as partidas que perdemos contra a w7m e a oNe. Esses resultados nos mostraram que nós tínhamos pontos a melhorar, eles estavam jogando em estilos diferentes.”

De acordo com Paluh, o grande motivo do sucesso da w7m e da oNe foi a falta de informação dos times sobre os estilos de jogo deles. Sobre a w7m, Paluh destacou a “confiança” deles e a sua evolução nos últimos meses, um período de tempo em que o time “não jogou nenhum torneio e não mostrou nada.”

Enquanto isso, sobre a oNe, Paluh percebeu o estilo de jogo do time, um que o resto dos times não estava acostumado. “Eles estavam usando várias mini-jogadas no meio do round, eles foram muito agressivos, mas nós começamos a entender e nos preparamos melhor para a Copa.”

Então, para Paluh, tudo é sobre gastar mais tempo treinando, analisando e evoluindo, especialmente em uma temporada que trouxe três novos mapas para a rotação.

A Liquid mostrou muita adaptação em todos os mapas jogados nessa season, com o time jogando em sete mapas diferentes durante a Copa Elite Six. “Nós estávamos nos focando muito, estamos jogando com nove mapas, então é necessário muito treino. Não é fácil fazer cada um ser pelo menos decente.”

Paluh admitiu que aumentaram o tempo de treinos, já que o time estava procurando melhorar os problemas de comunicação. Com nove mapas diferentes para jogar, é certamente uma tarefa difícil. “Nós estávamos muito bagunçados na comunicação, todo mundo estava dando call ao mesmo tempo.”

“Nós estamos preparados, nós vamos fazer tudo o que for necessário,” ele concluiu.

A jornada da Team Liquid no Major de Charlotte começa na próxima semana, com o time enfrentando a CYCLOPS athlete gaming, a XSET e os compatriotas da FURIA Esports, que irá competir do México.

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